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sábado, 19 de noviembre de 2011

Mensaje de Ricardo Alfaya


From: ricard50@ig.com.br
To: jaimeva1@hotmail.com
Subject: Sobre comentário ao blog
Date: Sun, 20 Nov 2011 03:10:26 -0200

“Caro Jaime, Fiquei muito contente com a publicação de meus poemas em seu blog.  Já compartilhei no Facebook e, no decorrer do dia de hoje, comunicarei a novidade aos amigos.  Agradeço ainda a ajuda na tradução para o espanhol. Um grande abc, Ricardo Alfaya.”

MIGUEL BARNET EN EL TEATRO REFORMA

El poeta cubano estuvo en Veracruz, en un homenaje al legendario Bola de Nieve, el viernes pasado. Estuvieron también el pianista Daniel Herrera, la cantante Catía Ibarra.


Completó la velada el grupo Longina Seductora, dirigido por María Elena Mora, con un espectáculo de poesía y música.

 (Agradecemos al enlace de medios del IVEC las fotos.)

DE BRASIL: POEMAS / RICARDO ALFAYA

OS PÁSSAROS

Os pássaros
descem e pousam
suavemente em seus braços
Espantalho ou santo
ele olha para o infinito
Os pássaros não perguntam nada
Ele
crucificado no ar
tem tantas dúvidas
Os pássaros bicam os seus braços
Comem a palha de seus ombros lentamente
Devoram os seus nervos sob a pele
Tingem a sua branca epiderme de dor
E ele sente uma saudade imensa
Ele odeia aqueles pássaros malditos
que trinam horrendamente
alegres canções de amor


LOS PÁJAROS. Los pájaros / bajan y aterrizan / suavemente en sus brazos / Espantapájaro o santo / mira el infinito / Los pájaros no preguntan nada / Él / crucificado en el aire / tiene tantas dudas / Los pájaros pican / sus brazos / Ellos comen la paja de sus hombros despacio / Devoran sus nervios bajo la piel / Tiñen su epidermis blanca de dolor / Y siente una inmensa añoranza  / Él odia esos pájaros malditos / que trinan horrendamente / alegres canciones de amor  


VINDIMA

Esmago os dias
e as uvas
Minha vida
tinta
seca
Sorvo
gole
a
gole


LA VENDIMIA. Yo amaso los días /y las uvas / Vida mía / tinta /seca / la sorbo / trago / a / trago


OFICINA DE SOMBRAS

A donzela encastelada
As miragens
As projeções sob a luz de velas
Se ao menos ela lançasse ao vento
suas tranças de letras
Mas a torre
dessa inalcançável Rapunzel
é vedada à visitação pública
E de domingo a domingo
o poeta
(impossível dragão)
permanece sozinho
cuspindo palavras de fogo
em sua oficina de sombras


LA OFICINA DE SOMBRAS. La doncella encastillada  / Los espejismos / Las proyecciones bajo la luz de velas / Si por lo menos ella lanzase al viento / sus trenzas de letras / Pero en la torre / de esa inalcanzable Rapunzel / se prohibe  la visita pública / Y de domingo a domingo / el poeta / (imposible dragón) / se queda solitario / escupiendo palabras de fuego / en su oficina de sombras
  

A ANGÚSTIA
DO HIPOPÓTAMO

O hipopótamo
voava para todo o lado
Sempre sob a ameaça
do próprio peso
O hipopótamo sabia
que hipopótamo não voa
E por isso ele deverá
cair
a qualquer momento
O que mais o angustia
todos os dias
é não saber
quantos morrerão
(além dele próprio)
em consequência
da estupenda queda

LA ANGUSTIA DEL HIPOPÓTAMO. El hipopótamo / volaba para todos lados / Siempre bajo la amenaza / del propio peso / El hipopótamo sabía:  / el hipopótamo no vuela / Así deberá / caer / en cualquier momento / Pero su más grande angustia  / de todos los días / es no saber / cuántos se morirán / (además de él) / por la consecuencia / de la estupenda caída